Tuesday, September 04, 2007

President Luiz Inácio Lula da Silva will visit Sweden, Denmark, Norway and Finland in the period from 9th to 14th September 2007.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca, no início de setembro, para uma viagem que o levará a quatro capitais dos países nórdicos. A visita, primeira de Lula àquela região da Europa, tem como principal objetivo promover o uso dos biocombustíveis junto a nações historicamente sensíveis a questões ambientais e com passado de intensa cooperação com nações em desenvolvimento. Lula também deve se empenhar em atrair investimentos para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e vender os atrativos turísticos do Brasil em lugares onde as populações gozam de alto poder aquisitivo e tempo de férias superior à média européia.A turnê nórdica (leia o quadro nesta página) começa pela Finlândia, país com grandes investimentos no Brasil, entre os quais a fábrica da Nokia em Manaus, que tem mais de três mil funcionários, e a Veracel celulose, uma joint venture da finlandesa Stora Enso com a brasileira Aracruz, na Bahia. Em seguida, a comitiva de Lula, que terá importante delegação empresarial, embarca para a Suécia, nação européia que já conta com a maior frota de veículos movidos a etanol (40 mil). A terceira etapa da viagem será a Dinamarca. Por fim, Lula voltará à Península da Escandinávia para visitar a Noruega, terceira maior exportadora mundial de petróleo.Dentro da variada pauta, a aposta estratégica nos biocombustíveis será o assunto central das conversas. Se depender dos nórdicos, o Brasil se tornará o principal parceiro na tarefa de alcançar a meta de 10% de carros movidos a biocombustíveis na União Européia até 2020. “Os países escandinavos sabem que o petróleo vai acabar um dia. É normal que eles estejam buscando alternativas”, disse ao Correio uma alta fonte do Itamaraty. No entanto, cientistas brasileiros e escandinavos terão de contornar juntos um problema técnico: o etanol congela rápido em condições de extremo frio.Todos os países que serão visitados por Lula enviaram ao Brasil missões de alto nível nos últimos anos. Desde 2003, passaram por Brasília os chefes de Estado de Finlândia e Noruega. Os primeiros-ministros de Suécia e Dinamarca também realizaram visitas oficiais. A opinião predominante entre os governos nórdicos é de que o Brasil, além de fornecer grandes oportunidades econômicas, é crucial para o equilíbrio geopolítico da América do Sul.Mesmo assim, só a Finlândia apóia explicitamente a candidatura brasileira a um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU). Lula tentará arrancar o apoio formal dos outros três. Finlândia, Suécia e Dinamarca, membros da União Européia, também apostam que conversas bilaterais com o governo brasileiro são a melhor maneira de retomar as negociações entre o bloco europeu e o Mercosul — paradas à espera de uma solução na Rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC).Com exceção da Finlândia, presidencialista, os países nórdicos são monarquias parlamentares. Com isso, a delegação brasileira terá intensa agenda protocolar a cumprir, com visitas à casas reais e banquetes oferecidos pelos monarcas.
Atenção especial será dada à Suécia, cuja rainha Silvia é filha de cidadã brasileira e fala português por ter morado em São Paulo dos 4 aos 14 anos de idade.